sábado, 12 de março de 2016

forever home

e quando nos apaixonamos por uma casa? daquela paixão que sabemos que pode ser amor, para sempre? a grande graça (de favor não merecido) que é ter uma casa que desejamos, logo à partida, que seja a nossa forever home.

quero ir vê-la, só por curiosidade, porque quero perceber melhor as ligações e dinâmica entre assoalhadas. ver melhor as distâncias e tamanhos e detalhes. porque quero ver aquela janela com os meus olhos, sem haver no meio o ecrã do telemóvel ou a lente do fotógrafo. só curiosidade de saber.

mas minto. olho para a janela e imagino-me a sair do quarto de manhã, com tempo, e deixar-me sentar nas escadas para a contemplar. quero ir, para começar já a pensar como é que ter um limoeiro no meio do quintal vai ser uma oportunidade e não um problema, para ver se o pó geral pode ser facilmente limpo com aquelas varas telescopicas ou se tenho mesmo de contratar alguém especialista. algures no tempo tenho mesmo de me tratar melhor, tratar de mim e mimar-me e não ir atrás da dor. não é curiosidade. aliás, é, mas vai muito além. é mesmo estar a apaixonar-me perigosamente. e saber que se a vou ver, apenas por curiosidade, vou voltar de coração partido, o que se irá manter por muito tempo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails