quarta-feira, 13 de agosto de 2014

cortar cabelo

cresci com a minha tia e a minha mãe a cortarem-me o cabelo. a minha tia passou a experiência à minha irmã. vi-as a cortarem cabelo à maioria das crianças da família e a alguns adultos também. eu lembro-me de poucas vezes ter ido cortar o cabelo à cabeleireira enquanto miúda.
possivelmente por consequência, enverdei pelo auto-corte. não tinha paciência, achava uma perca de tempo, nunca cortavam como eu pedia, ninguém arriscava (ao contrário das queixas habituais), o meu cabelo demorava imenso a crescer... então cortava eu! tesoura e espelho. às vezes seco, às vezes molhado. lembro-me de, para o casamento do meu irmão, eu com vinte e dois anos, ir pintar o cabelo e já que era uma ocasião especial, cortei o cabelo na cabeleireira.

- o que fizeram ao seu cabelo? para acertar vou ter de cortar muito, está tão torto!

não me lembro o que respondi :) claro que, pequeno detalhe, tenho muitos caracois! nunca fora da cabeleireira perceberam se tinha cabelo torto ou direito.

e heis que o cabelo da minha filhota começou a crescer muito devagar mas tinha um rabicho. às tantas decidi corta-lo. e lá foi crescendo um pouco mais. queria experimentar já há muito, cortar a ver se fortificava e também ver se começava a crescer mais. fomos adiando até que a franja começou a chegar aos olhos.

sentamos a miúda num banco, enrolada a uma toalha, o pai de joelhos por trás para a agarrar. iniciei. a SORTE foi o meu instinto dizer-me "go slowly"...

resultado, o pai diz que a franja parece dum monge, uma amiga diz que está meio à tigela .. cá para mim parece a Leonor Poeiras numa foto que vi em que parece mesmo só ter cabelo dum lado!

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