terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nunca me Esqueças


de Lesley Pearse.

ofereceram-me o natal passado com o comentário "é uma história real", e o A quando o leu, disse-me que eu ia gostar muito. passada alguns meses, lá comecei a leitura.

inicia-se com tempos diferentes dos esperados. num momento estamos numa descrição detalhada duma "sala" de poucos metros quadrados, no seguinte passaram meses ou anos numa única frase - mas porque será que o A me disse que eu iria gostar?

os capítulos foram passando e pouco a pouco fui-me apaixonando pela força, personalidade, coragem e maluqueiras da Mary Broad.. e também, pela sua vida e tragédia. uma manhã, estava no comboio agarradinha ao livro e dou com uma desgraça forte na vida de Mary. mas devo dizer que foi uma desgraça das muitas assim seguidinhas. e pensei - isto não é normal! mas uma história tão triste, esta escritora estava a passar-se quando decidiu que a vida desta mulher seriam só desgraças. e no momento que pensei isto, também pensei que.. eram demasiadas desgraças para ser ficção! ao mesmo tempo que procurava na contra-capa alguma informação, lembrei-me das palavras da minha amiga quando ofereceu-nos o livro.

reli o último parágrafo ao mesmo tempo que toda a história passava pela minha cabeça. e no comboio, chorei. eu que não sou nada de chorar com livros, eu que detesto too much information @ the train... chorei e não conseguia parar.

uma mulher real, uma história real, uma realidade já tão longe da nossa (felizmente). alguma informação história e o relembrar que o nosso mundo, ainda há tão pouco tempo não era nada assim. aquilo que consideramos básico, como água potável, poderia não haver devido a um momento de ilusão em que tudo se perde. às vezes é bom lembrar que a crise, sendo má, não é a pior das condições.

acabei de o ler há umas duas semanas e ainda não consegui pegar em nenhum outro livro.

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